É de conhecimento internacional que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito reiteradas declarações em favor do povo palestino. Por outro lado, seguindo o padrão de silenciar sobre os reféns israelenses, o chefe do Executivo não se pronunciou sobre o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (4), que aponta evidências de que o Hamas estuprou mulheres israelenses no dia 7 de outubro e “motivos razoáveis” para crer que o grupo terrorista continua a praticar “tortura sexual” contra reféns em Gaza.
– A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar em curso – diz o relatório de 24 páginas, produzido pela equipe de Pramila Patten, enviada especial da ONU para violência sexual em conflitos.
De acordo com o texto, há informações críveis que indicam que o Hamas promove “violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante” contra suas vítimas.
No mesmo dia da divulgação do relatório, Lula não somente silenciou-se sobre o caso, como também posou com uma bandeira da Palestina, na 4ª Conferência Nacional da Cultura, em Brasília. Na ocasião, ele disse que o “tempo provará” que ele está certo em seu posicionamento sobre o conflito.