A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o Irã para presidir o Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos, que ocorre nesta quinta-feira, 2, e na sexta-feira 3. O evento será em Genebra, na Suíça. Lembrando O Irã tem mais de 40 jornalistas presos e passou a permitir execuções por motivos políticos. O país é financiador de dois grupos terroristas envolvidos nos massacres de civis em Israel, Hamas e Hezbollah, sem contar pela “polícia dos costumes”, que prende e mata mulheres que não utilizam corretamente o hijab — véu que cobre os cabelos e o corpo das mulheres muçulmanas.
O fórum deste ano tem como tema a “contribuição da ciência, tecnologia e inovação para a promoção dos direitos humanos, incluindo o contexto da recuperação pós-pandemia”.
Chama atenção o último assunto a ser tratado no fórum. Isso porque, segundo uma investigação da BBC News Persa, o Irã escondeu cerca de dois terços das mortes por covid-19 em 2020.
A advogada Nasrin Sotoudeh tem 60 anos, já foi presa várias vezes e ganhou o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu para defensores dos direitos humanos, em 2012. Ela foi condenada a 11 anos de prisão e a 20 anos de proibição do exercício da advocacia em 2011, como punição por suas “ações contra o regime iraniano”.
Ela também foi presa em 2018, por ter feito propaganda contra os governantes do Irã, e condenada a 38 anos de prisão e a 148 chibatadas. Em 2020, Nasrin foi libertada. O uso do hijab é obrigatório para as mulheres do país desde a Revolução Islâmica de 1979.
O marido da advogada, Reza Khandan, confirmou à agência de notícias AFP que a mulher foi presa ao lado de outras pessoas em um cemitério no sul de Teerã. Ele também disse que ela foi “agredida violentamente”.