Publicado nesta segunda-feira (26), o novo editorial do jornal O Estado de S. Paulo afirma que o governo Lula (PT) tem se mostrado “incapaz de enfrentar” os desafios da gestão ambiental, apesar de ter sido eleito “empunhando a bandeira de defesa das florestas”. Intitulado Amazônia em Chamas, o texto cobra atitudes do governo em relação ao pior período de incêndios em 17 anos na maior floresta tropical do mundo.

– Embora o desmatamento da Amazônia tenha recuado, foram registrados mais de 43 mil focos de incêndio, o que coloca o período entre 1° de janeiro e 20 de agosto como o pior em 17 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2024, nada menos do que o dobro de focos foi identificado em relação ao ano passado, e, segundo a plataforma Monitor do Fogo do MapBiomas, a área queimada da floresta em hectares também praticamente dobrou – ressalta o periódico.

Para o Estadão, é preciso que o Palácio do Planalto “se esforce mais para que o país avance nessa pauta”.

– A realidade se impõe, e o petista mostra-se incapaz de enfrentar tantos desafios. Embora Lula tenha escolhido Marina Silva, com renome internacional, para cuidar desse setor tão crucial para o futuro do Brasil e do mundo, fato é que a Amazônia está novamente em chamas. (…) O fogo aumenta na maior floresta tropical do mundo. Com tantos superlativos, a responsabilidade do país é grande, sobretudo a do governo de turno. E é justamente por isso que a gestão lulopetista é cobrada para dar resposta mais efetiva de prevenção e combate à devastação – diz o editorial.

O Estadão expõe que o fogo tem avançado até mesmo sobre regiões não desmatadas, e que o país enfrenta uma longa seca diante do El Niño e das mudanças climáticas.

– Para um governo que se diz tão zeloso da pauta ambiental, essa conjunção de fatores não deveria causar surpresa. Ao contrário. As medidas preventivas, primeiramente, e as de enfrentamento, na sequência, já deveriam ter sido muito bem planejadas. Por ora, segundo o Ministério do Meio Ambiente, são 1.489 brigadistas, e, dado o tamanho do desafio, o número parece insatisfatório – afirma o jornal.

Por fim, o editorial lembra que atualmente é possível monitorar focos de calor e coletar informações sobre a recorrência do fogo, como forma de auxiliar na criação de estratégias por parte das autoridades.

– Conhecimento e tecnologia não faltam no Brasil. Pode faltar, sim, competência, mas o certo é que boas intenções não bastam. Seja lá o que for, não há desculpas – pontuou.

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