O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o novo pedido de liberdade ao ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. A decisão, que está sob sigilo, foi proferida na última sexta-feira, 2.

Vasques foi preso em agosto do ano passado por um suposto uso da máquina pública para interferir nas eleições de 2022. Segundo as investigações, ele teria dificultado o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno. Ele nega as acusações.

A defesa de Silvinei Vasques alega que ele é intolerante ao glúten

No pedido de habeas corpus, a defesa alega que Vasques é celíaco — intolerante ao glúten. Além disso, segundo sua defesa, ele tem apresentado sintomas como diarreia, vômito e fortes dores de cabeça, por não ter a alimentação adequada no presídio.

Esta é a quarta vez que Vasques tem um pedido de liberdade negado pelo STF. As outras negativas foram proferidas pelo ministro Alexandre de Moraes em agosto, setembro e dezembro do ano passado.

Ao jornal O Globo, o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão, que representa Vasques, disse que a negativa pelo pedido de liberdade já era esperada. De acordo com ele, a maior preocupação é o prazo de término das investigações contra o ex-diretor da PRF.

“A decisão já era esperada em razão da súmula 606 do STF”, disse o advogado. “A preocupação maior é com o término do inquérito, porque é certo que não haverá denúncia por crime de violência política.”

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