O deputado estadual Fernando Santana (PT) anunciou na noite desta sexta-feira, 22, que não irá concorrer à presidência Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). A indicação de seu nome para representar a base teria sido o “estopim” para o estremecimento da relação entre o senador Cid Gomes (PSB) e o governador Elmano de Freitas (PT).

Em longo texto publicado nas redes sociais, Fernando ressalta que faz parte de um projeto. Ele cita o ministro Camilo Santana, Elmano e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e menciona também a “parceria com grandes aliados”. A fala do deputado ressalta ainda que o projeto seria forte por ser “construído na base do diálogo e do respeito, e sempre buscando o melhor para nossa população”.

“Nos últimos dias tive meu nome colocado para a disputa da Presidência da Assembleia. Fiquei feliz e honrado com a lembrança e, principalmente, com a acolhida dos companheiros deputados. Também houve discussões, impasses, o que é natural numa democracia. Diante de algumas ponderações, e do atual contexto, para a importância da manutenção dessa aliança coesa e forte, anuncio que abro mão de minha candidatura”
Fernando Santana (PT) – Vice-presidente da Alece

“Faço isso com a tranquilidade da alma, porque não faço política como projeto pessoal, mas coletivo. Continuarei firme, ao lado dos nossos aliados, na luta por um Ceará cada vez mais forte”, concluiu.

Ruptura e reviravolta

O nome de Fernando Santana era dado como certo para ser o candidato da base à presidência da Alece. Reuniões foram realizadas entre petistas para a confirmar a escolha. Até que na sexta-feira, 15, Cid teve reunião com Elmano no Palácio Abolição. Segundo relatos, o encontro foi curto e teve como desfecho o senador afirmando que estaria se afastando da base do Governo.

O principal ponto seria a concentração de poder do PT que ficaria com, além da presidência da Alece, com a Prefeitura de Fortaleza a partir de 2025 e os governos Estadual e Federal. Além disso, haveria o incômodo com o martelo “batido” pelo nome de Fernando sem a consulta prévia aos aliados, como Cid e deputados ligados a ele.

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