Em seu relatório final, a relatora da CPMI dos atos de 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), pretende pedir o indiciamento de Jair Bolsonaro. O documento será apresentado no dia 17 de outubro.

Apesar de as investigações não terem apontado, até o momento, qualquer participação direta dele no episódio, a parlamentar vai deixar claro que o ex-presidente, na época em que era chefe do Poder Executivo, foi omisso quanto à remoção de manifestantes na sede do QG do Exército em Brasília.

Além disso, Eliziane pretende frisar no seu parecer que as teorias criadas por Bolsonaro como fraude nas urnas, por exemplo, foram determinantes para que se criasse um clima de instabilidade política no país que resultaram no quebra-quebra generalizado em 8 de janeiro.

Também devem ser indiciados por omissão lesiva outros personagens como o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre integrantes da Polícia Civil e Militar do Distrito Federal.

Ainda há dúvidas quanto ao indiciamento de militares como os generais Augusto Heleno, Braga Netto e até o tenente-coronel Mauro Cid. Há um receio que a inclusão destes nomes em uma lista possa tencionar as relações do governo Lula com a cúpula das Forças Armadas.

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