As ações preferenciais da Petrobras continuam em queda nesta sexta-feira, 17, depois do anúncio da demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates, pelo presidente Lula. Ao todo, a petroleira já perdeu R$ 44 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias.
Na quarta-feira, 15, dia seguinte ao comunicado da saída de Prates, os papeis da empresa caíram cerca de 7% na bolsa de valores — baixa de mais de R$ 34 bilhões.
Na quinta 16, as ações preferenciais fecharam em queda de 2,84%. Com isso, em duas sessões, a estatal acumula perdas de mais de R$ 44 bilhões.
Agora, o valor de mercado da Petrobras é de aproximadamente R$ 496,3 bilhões.
Saída de Prates da Petrobras era rumor
A queda de Jean Paul Prates do comando da Petrobras acontece depois de um mês de boatos da demissão do executivo, em um imbróglio que vinha se arrastando entre membros do governo sobre o pagamento de dividendos extraordinários relativos a 2023.
Na ocasião, o nome de Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), chegou a ser cotado para o cargo.
Em março, o conselho de administração da petroleira aprovou a distribuição de R$ 14,2 bilhões em dividendos. O anúncio repercutiu mal entre investidores e evidenciou percalços entre o executivo e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O conselho de administração reviu a decisão e, no fim do mês passado, aprovou a distribuição de R$ 21,9 bilhões, correspondentes a 50% de dividendos extraordinários.
Com a demissão, Prates também renunciou à cadeira no colegiado da Petrobras.
Magda Chambriard, engenheira e ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), deve assumir o cargo.