O deputado federal Eunício Oliveira (MDB) classificou como “inexistente” a articulação do governo dentro do Congresso Nacional. O governo Lula (PT) contabilizou duas derrotas na Câmara dos Deputados somente nesta semana: a retirada do projeto de lei das fake news da pauta e a derrubada de trechos de decretos do saneamento básico. Foram 295 votos a favor da retirada de trechos e 136 contrários, além de 81 ausências ou abstenções.

Para Eunício, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, do PT, não pode estar todo dia dentro dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. É quando a fala do ex-ministro das Comunicações de Lula alcança, ainda que sem citá-los, outros dois governistas. A liderança do governo nas duas casas legislativas, respectivamente, está com José Guimarães, do PT do Ceará, e com Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O líder do MDB do Ceará destacou que a precariedade na área é tamanha a “ponto de o governo perder destaque (do saneamento básico) por maioria simples, nunca vi governo perder destaque que não fosse acordado”. Ele, então, reforçou: “Não tem ninguém para conversar, botar a mão no ombro.”

O ex-presidente do Congresso Nacional exemplificou que “brinca” com os “bolsominions”, lida bem com eles, tem boa relação com André Fernandes (PL-CE), de modo a enfatizar que “na política ninguém precisa pensar igual, mas tem que se respeitar”.

Lula está em Londres, capital inglesa onde acompanhou a coroação do agora Rei Charles III. De lá, afirmou que Padilha é o que há de melhor no Brasil em termos de articulação política e não pretende fazer alterações na área neste momento. O Estado de S.Paulo noticiou, porém, que o presidente pretende tomar para si a coordenação política. A maioria dos deputados dos partidos MDB, União Brasil e PSD, componentes da Esplanada dos Ministérios, ocupando total de nove pastas, votaram contra os trechos da proposta.

Durante a sessão, antevendo o cenário negativo, Guimarães pediu que o requerimento de tramitação em regime de urgência fosse retirado.

Fonte: O Povo

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