O debate para prefeito de Fortaleza que ocorreu na noite de ontem (28), que foi transmitido pelo grupo Cidade de comunicações, especialmente na TV Cidade, foi marcado por várias troca de acusações entre os candidatos, se destacaram a denúncia que o candidato Capitão Wagner (União Brasil) trouxe contra o candidato André Fernandes (PL) sobre nepotismo cruzado envolvendo seu gabinete e do vereador inspetor Alberto. O prefeito Sarto (PDT) também trouxe acusações contra a candidatura de Técio Nunes (PSOL) e George Lima (Solidariedade) dizendo que eram candidaturas satélites do Evandro Leitão (PT). Também foram tratador sobre CPI do Narcotráfico, direito das mulheres, entre outros assuntos.
Ao todo, foram solicitados cerca de 25 direitos de resposta, 13 concedidos e 12 negados. A maior quantidade de respostas autorizadas foi de André Fernandes, Evandro Leitão e José Sarto, que puderam se defender três vezes cada.
André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União), Eduardo Girão (Novo), Evandro Leitão (PT), George Lima (Solidariedade), José Sarto (PDT) e Técio Nunes (Psol) se enfrentaram em três rodadas de perguntas, que reuniram discussões sobre segurança pública, educação, saúde e cultura.
Nepotismo Cruzado
No único embate direto entre Capitão Wagner e André Fernandes, que trocam ataques desde o início deste mês por meio de propaganda eleitoral e postagens nas redes sociais, o candidato do União Brasil afirmou que a esposa do vereador Inspetor Alberto estaria lotada no gabinete do deputado federal e o acusou de nepotismo cruzado. O caso chegou a ser denunciado ao Ministério Público do Ceará pela vice-candidata de Técio Nunes, Cindy Carvalho (Rede).
“Maria do Socorro é esposa do vereador Inspetor Alberto, que está lotada no gabinete do deputado André Fernandes, com um salário de 18 mil reais. Simultaneamente, estavam no gabinete do Inspetor Alberto, a esposa, a mãe, irmã e o cunhado do candidato André Fernandes […] Isso aqui não é um ataque. É um fato que está sendo investigado pelo Ministério Público”, disse.
Em pergunta ao candidato Eduardo Girão, Fernandes aproveitou o tempo para abordar a fala de Wagner, considerando a acusação como “calúnia”.
Direitos das mulheres e “candidaturas-satélite”
As críticas entre os candidatos foram iniciadas logo no primeiro bloco do debate. Em questionamento de Evandro a Sarto sobre a Taxa do Lixo, o pedetista rebateu e perguntou ao petista sobre a aprovação do aumento do ICMS estadual pela Assembleia Legislativa. O atual prefeito, logo em seguida, direcionou pergunta a André Fernandes sobre a condenação do deputado federal por ter ofendido a jornalista Patrícia Campos Mello.
A temática dos direitos das mulheres, inclusive, foi um dos principais tópicos da discussão entre os candidatos, com perguntas sobre o assunto direcionadas, principalmente, a André Fernandes. Em outra fala sobre a temática, o atual prefeito disse que o candidato tem “atitudes negacionistas, extremistas e misóginas”.
Candidatos fizeram alusão ao vídeo antigo em que o deputado aparece “esfaqueando” uma caixa de papelão após afirmar “vamos imaginar que isso aqui é a minha namorada”. Sarto e Wagner também relembraram sobre o voto contrário do deputado em relação ao projeto de lei de igualdade salarial entre homens e mulheres.
Ainda no mesmo bloco, em pergunta para George Lima, Técio Nunes falou sobre um candidato que “brigou muito para fazer parte do debate”, mas foi “para fazer tabelinha”, em menção a Eduardo Girão. Posteriormente, Sarto utilizou o mesmo termo e ainda considerou que Tércio e George Lima estariam sendo “satélites” do candidato Evandro Leitão.
“Se tem alguma tabelinha acontecendo aqui, é exatamente entre o candidato George e o candidato Técio sendo satélites de uma candidatura covarde, que é a candidatura do Leitão, que não tem coragem de assumir um debate frente a frente e terceiriza acusações. Molecagem é se prestar a um serviço dessa natureza, é ser satélite, é ser garganta de aluguel”, disse.