Nos últimos dias trouxemos aqui no Ceará Antenado passo a passo da crise do PDT, mostrando que nos últimos dias uma paz estava sendo construída dentro do partido, mas ao que parece o acordo entre André Figueiredo e Cid Gomes não passou pelo grupo do ex-prefeito Roberto Cláudio.

Um Deputado Estadual aliado do ex-prefeito disse que não foi contatado por André Figueiredo ou mesmo por Cid Gomes, sobre a mudança de posicionamento

“Não teve. Eu vi a foto do Manoel (Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola), Cid e André e que o acordo tinha sido feito. O que soubemos foi depois. Não foi consultado e eu continuo na minha forma de agir”, ressaltou. Ele afirma que telefonou para Figueiredo e foi garantido que a troca na presidência não afetaria sua posição na Assembleia Legislativa (Alece).

Ele avalia que não há espaço para que haja uma oficialização na base de Elmano sem diálogo e sem passar pela relação com o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). “Continuo na minha forma de agir, porque temos que ser convencidos. Temos um prefeito que não foi recebido pelo governador até agora. Como fazer parte da base, assim? Tudo é feito de gestos e atores”, disse.

É preciso, segundo ele, ter cautela para não “incendiar o partido”, mas destacou que haveria um grupo que “queria briga para sair“, mencionado uma possível desfiliação sob pretextos. “Pegou todo mundo de surpresa. Ninguém falou que fez o acordo, mas ele (André Figueiredo) falou que não ia mudar muita coisa e que poderíamos continuar com a nossa posição”, pontuou.

“Eu falei com o André, depois de ter visto pela imprensa. Perguntei se isso interferia para a postura além de independente, de oposição. Ele me disse que não seria problema nenhum”, afirmou o deputado Queiroz Filho (PDT). A postura de oposição crítica, segundo ele, parte do lugar de ter apoiado um projeto que “não foi bem”, ao mencionar a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Ceará.

“André (Figueiredo) estava lá e respeitando os governistas, conseguindo conciliar, não vejo porque as alterações. Já tinha tido a avocação pela nacional antes e teria a reunião na sexta, que na minha visão, não era regular. Na quinta que eu vi esse acordo”, afirmou.

Uma das condições para a saída de Figueiredo seria que o governador receba Sarto e a relação administrativa melhore. Queiroz diz torcer por uma recomposição, mas que não seria imediata porque envolveria, por exemplo, uma possível retomada do repasse de subsídios para a passagem de ônibus e para o Instituto José Frota (IJF).

Sarto, ainda na quinta-feira, 6, disse também ter descoberto a mudança por meio da imprensa quando perguntado a respeito. Ele disse estar “fora da discussão”. “Eu tô fora dessa discussão, porque eu estou dentro dessa gestão. Hoje eu passei o dia todo pensando em como entregar esse equipamento. Eu estou sabendo porque você está me dizendo agora”, afirmou.

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