O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao coronel Naime, nesta segunda-feira, 13 após ele passar 461 dias presos. A decisão de Moraes se deu depois de parecer da Procuradoria-Geral da República a favor da soltura. “Estou muito feliz”, disse Mariana, mulher de Naime. Conforme ela, o militar está com tornozeleira eletrônica.
Moraes determinou as seguintes medidas restritivas:
- Proibição de se ausentar do Distrito Federal;
- Recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana;
- Obrigação de se apresentar perante a Justiça, no prazo de 48 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras;
- Proibição de se ausentar do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no Juízo da VEP/DF, no prazo de 5 dias;
- Cancelamento de passaportes;
- Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo, bem como de quaisquer certificados de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça;
- Proibição de utilização de redes sociais;
- Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos no 8 de janeiro, por qualquer meio.
Coronel Naime
Naime foi preso durante a Operação Lesa Pátria, que investiga o 8 de janeiro. Ele era chefe do departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal desde abril de 2021. Quando a manifestação ocorreu, Naime estava de folga. Ele havia pedido dispensa na véspera.
Formado em Direito, Naime é bacharel em segurança Pública pela Academia de Polícia Militar de Brasília.
Militar teve problemas de saúde
Em dezembro do ano passado, quando ainda estava preso, Naime precisou ser levado às pressas para um hospital.
Isso porque, à época, ele recebeu o diagnóstico de trombo na veia cefálica, na região do bíceps.
De acordo com o boletim médico, Naime apresentava “sinais compatíveis com tromboflebite aguda da veia cefálica”.