A Casa Branca anunciou que a deportação de imigrantes palestinos será suspensa por 18 meses. Em memorando com data de quarta-feira 14, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, afirmou que o presidente Joe Biden assinou a medida por “questões humanitárias”.
Segundo o The New York Times, o adiamento das deportações beneficia cerca de 6 mil palestinos que estão residindo nos Estados Unidos. A lei vigente permite que migrantes permaneçam nos EUA caso seus países de origem estejam em crise.
Dentre as exceções à medida, incluem-se palestinos condenados por crimes ou contravenções em solo norte-americano, aqueles que já estavam sujeitos à extradição ou que tenham sido classificados pela Secretaria de Segurança Interna como “perigo para a segurança pública e política externa” dos EUA.
Membros do Partido Democrata já haviam solicitado o aumento de proteção temporária aos palestinos em dezembro de 2023. Eles argumentaram que quem já está no país “não deveria ser forçado a voltar aos territórios palestinos, consistente com o compromisso declarado do presidente Biden de proteger os civis palestinos”.
Decisão de Biden é tomada em meio a polêmicas que envolvem crise migratória
A medida implementada pela Casa Branca surge em meio a controvérsias que ligam Joe Biden à crise migratória no país. Tanto políticos quanto civis já responsabilizaram o presidente pelos problemas causados por imigrantes.
Cidadãos de vários países vêm atravessando a fronteira do México com o Estado do Texas para entrar ilegalmente nos EUA. Já em solo norte-americano, eles seguem para cidades consideradas como “santuários de imigrantes”, cujas políticas permitem que qualquer pessoa comece a trabalhar e obtenha direitos sem comprovar residência.
Segundo o governador do Texas, Greg Abbott, cerca de 10 mil imigrantes ilegais cruzam a fronteira com o México todos os dias. Para o senador texano Ted Cruz, Biden e seus colegas de partido veem os imigrantes como uma espécie de “eleitorado vitalício”. Isso seria uma das explicações para a falta de rigor na imigração durante a gestão de Biden.
Recentemente, a Guarda Nacional do Texas instalou arame farpado em pontos sensíveis da fronteira com o México para dificultar a entrada de imigrantes ilegais. A medida foi criticada pelo governo de Biden, mas foi apoiada por governadores de outros Estados.
Algumas cidades, como Chicago, no Estado de Illinois, e Nova York, já emitiram o alerta vermelho sobre o excesso de imigrantes e a falta de recursos para recebê-los. Recentemente, o prefeito de Nova York, Eric Adams, disse que estrangeiros terão de dormir nas ruas caso continuem chegando no município.