A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, pediu demissão nesta terça-feira (23) após ser criticada pelas falhas registradas na segurança do comício em Butler, Pensilvânia, no qual o ex-presidente Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato.
Durante a audiência, os republicanos protestaram contra a recusa de Cheatle em responder à maioria das suas perguntas, alegando que há várias investigações em curso com as quais o Serviço Secreto está colaborando para esclarecer o que falhou na operação.
A emissora de televisão NBC antecipou, citando três fontes familiarizadas com o assunto, que o pedido de demissão aconteceu após vários apelos de legisladores para que renunciasse.
Nesta segunda (22), Cheatle compareceu perante um comitê da Câmara dos Representantes e afirmou que a tentativa de assassinato do ex-presidente Trump foi o “maior fracasso operacional” da agência em décadas.
Cheatle assumiu “total responsabilidade” pela falha de segurança do Serviço Secreto e disse que está cooperando com as investigações em andamento sobre o ataque, enquanto a oposição republicana exigia a sua demissão.
Trump levou um tiro de raspão na orelha direita enquanto participava de um comício em Butler, na Pensilvânia. O atirador subiu em um telhado a cerca de 140 metros do ex-presidente, mas fora do perímetro de segurança.
Dois minutos antes do disparos, testemunhas tinham alertado para a presença suspeita do atirador, um jovem de 20 anos cujos motivos ainda são desconhecidos e que foi morto a tiros por agentes do Serviço Secreto.
O Departamento de Segurança Nacional (DHS), do qual depende o Serviço Secreto, anunciou no último domingo (21) o início, por ordem do presidente Joe Biden, de uma investigação independente sobre o atentado com membros de ambos os partidos que deve ser concluída no prazo de 45 dias.
A investigação incluirá, entre outros, Janet Napolitano, a ex-secretária de Segurança Nacional de Barack Obama; e Frances Townsend, ex-assessora de Segurança Nacional de George W. Bush.