Nesta segunda-feira (4), o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, voltou a passar mal na prisão, onde está preso há quase 300 dias por suposta omissão nos atos do 8 de janeiro. Segundo informações da esposa do PM, Mariana Naime, ele foi hospitalizado com fortes dores no peito. Diagnosticado com tromboflebite aguda na veia cefálica, há um grande risco do trombo ter deslocado e ameaça de embolia.
Detido desde 7 de fevereiro, o coronel já precisou de atendimento médico outras três vezes. Em uma delas, ele chegou a desmaiar na cela.
“Estamos muito preocupados com a saúde dele. São quase 10 meses, ou 300 dias na prisão. A saúde dele não está boa, por isso entramos com pedido de revogação. Ele tem emprego fixo, tem residência fixa. Ele pode responder [ao processo] em casa, com uso de tornozeleira”, queixou-se a esposa do ex-coronel.
Mariana Naime comunicou na semana passada que o militar tem sofrido com “fortes dores na cabeça”, “dormência nos braços” e “vômitos”.
Mariana relatou que a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, também preso político, durante um banho de sol na Papuda em 20 de novembro, piorou ainda mais a situação emocional do coronel.
“Ele ficou pensando que Cleriston tinha comorbidades semelhantes às dele [Naime] e acabou morrendo na prisão. Em seguida, veio o aniversário dele [Naime]. Tudo isso o desestabilizou emocionalmente. Desde então, o Naime parou de querer interagir, sair ou até solicitar um médico. Precisei ir lá [batalhão] conversar com ele. Estamos muito preocupados com a saúde do Naime, pois tudo isso é gatilho para infarto ou AVC”, explicou Mariana.
Pelas redes sociais, ela pede socorro e ajuda para que ele deixe a prisão e possa receber o tratamento médico adequado.
– Por favor, libertem o coronel Naime. Ele está no limite de suas forças – escreveu Mariana no X, antigo Twitter.