Após o Presidente da Câmara dos Deputados ter percebido que o PL da Censura não passaria, e ter tirado ele de pauta, o Supremo Tribunal Federal começa a agir, ontem o Ministro Dias Toffolli liberou para votação o julgamento sobre o Marco Civil da internet, a tramitação pode afetar a forma como os conteúdos são excluídos das redes sociais. A Corte ainda não informou quando pretende analisar o caso.

A decisão de Toffoli aumenta a pressão no Poder Legislativo, para que haja a “regulamentação” das plataformas antes que o STF conclua o julgamento.

O ministro é o relator do recurso extraordinário que discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet. O julgamento pode ser usado como uma direção a fim de regulamentar as redes sociais.

“Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.” Marco Civil da Internet

Se o caso for julgado pelo STF como constitucional, as big techs deverão ser responsabilizadas pelo conteúdo ilícito postado por seus usuários, como prevê o PL 2630. Cabe a ministra Rosa Weber, presidente do STF, definir uma data para a análise do caso.

Segundo o Presidente da Câmara do Deputados Arthur Lira (PP-AL), se isso não acontecer, “todos vamos ficar, sem sombra de dúvidas, suscetíveis a uma vontade do Judiciário, emborA a gente condene que o Judiciário se imponha sobre o Legislativo”.

 

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