Os alertas de desmatamento no Cerrado entre agosto de 2023 a junho de 2024 cresceram 14,6% em comparação com o período entre agosto de 2022 a junho de 2023. Em área atingida, o desmate chegou a 6.571 quilômetros quadrados. O número foi divulgado nesta quarta-feira (3) pelos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

Os dados foram coletados pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O segundo maior bioma do país chegou a registrar queda de 24,3% no mês de junho deste ano, mas registrou altas nos últimos quatro meses do ano passado em relação a 2022.

A Bahia, estado que tem parte do seu território no bioma, registrou queda de 52% no desmatamento entre agosto de 2023 e junho de 2024 se comparado com o período que foi de agosto de 2022 a junho de 2023. Entretanto, Tocantins, Maranhão e Piauí tiveram altas de 69,5%, 36,8% e 13,5%, respectivamente, nesse mesmo intervalo.

GREVE DO IBAMA E AÇÃO DA AGU

Durante a reunião que apresentou os dados, a ministra Marina Silva comentou a decisão de Advocacia-Geral da União (AGU) de apresentar uma ação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). De acordo com a chefe da área ambiental, a judicialização das paralisações foi uma decisão exclusiva da AGU.

– Da nossa parte, o diálogo está sendo constante – afirmou.

A greve dos servidores ligados aos órgãos ambientais federais teve início no dia 24 de junho. A paralisação ocorre seis meses após o início das negociações com o governo Lula em busca da restruturação das carreiras e de aumentos salariais.

COMENTAR