Mais um caso envolvendo a impunidade no Ceará, a Justiça Cearense através 4ª Vara de Execução Penal de Fortaleza, decidiu soltar um dos fundadores da facção criminosa Cearense Guardiões do Estado (GDE), Marcos da Silva Pereira, conhecido como Marquim Chinês, de 44 anos, teve a progressão para o regime aberto concedida no dia 27 de Junho.
Marcos foi preso em 19 de setembro de 2018 em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. À época da prisão, a Polícia Civil divulgou que ele era um dos fundadores da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e que distribuía por mês cerca de 100 quilos de cocaína no Ceará — apesar disso, Marquim Chinês foi denunciado apenas pelos crimes de integrar organização criminosa e receptação.
Marcos também foi acusado de ser o chefe da GDE na região da comunidade Verdes Mares, localizada no bairro Papicu. Ele foi preso após uma perseguição policial; no carro que usava, os policiais encontraram R$ 18,5 mil em espécie. À época do crime, o acusado disse que trabalhava vendendo carros. Em depoimento, ele confirmou integrar a GDE, mas sem exercer posição de liderança.
Em 2020, Marcos foi condenado a 12 anos e 2 meses de prisão pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas. Ele chegou a cumprir pena no Presídio Federal de Campo Grande/MS e, em seguida, foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima Estadual.
Desde maio de 2019, Marcos tinha direito a progredir para o regime semiaberto, mas continuou preso. A progressão ocorreu após ele apresentar bom comportamento carcerário, consoante Certidão de Permanência e Conduta Carcerária, cita a decisão da 4ª Vara de Execução Penal.
Desde 2019, presos condenados por exercer comando de organizações criminosas precisam cumprir 50% da pena para requerer a progressão de regime. Como Marcos foi preso antes, ele teve de cumprir a antiga regra, que previa a concessão do benefício após a pena em regime fechado.
Marcos também é réu por um homicídio ocorrido em 2007 no bairro Varjota. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), Marcos e outros dois homens mataram João Carlos dos Santos Sousa após uma discussão. O julgamento foi marcado para 28 de agosto de 2024.