A facção criminosa de origem carioca Comando Vermelho e a facção cearense GDE, estão envolvidas no episódio que ficou conhecido como Chacina de Itarema (quatro mortes na madrugada do último dia 30 de outubro), dominam territórios separados por um rio e utilizam balsas (um tipo de embarcação) para atravessá-lo e atacar os rivais.
Após a Chacina, a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) levantou informações que os autores da matança pertencem à facção carioca, que domina o tráfico de drogas no Distrito de Mirinduba, que fica no Município de Amontada. Já as vítimas seriam integrantes ou amigas de membros da facção cearense, que domina o Distrito de Patos, no Município de Itarema. Apenas o Rio Aracatiaçu separa os dois territórios.
Uma ‘live’ (transmissão ao vivo) na rede social Instagram, que mostrava supostos integrantes da facção cearense se divertirem, na noite de 29 de outubro último, levou o grupo criminoso de origem carioca a planejar a Chacina.
Ao saber da Chacina, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) montou uma operação policial na região, com dezenas de policiais civis e militares, além de equipes de inteligência.
Em Itarema, dois suspeitos foram identificados e trocaram tiros com a Polícia, segundo a SSPDS. Henrique Moreno do Nascimento Moreno, conhecido como ‘Caranguejo’, 23, foi baleado e não resistiu aos ferimentos, poucas horas depois da Chacina, na segunda-feira (30). O outro homem fugiu.
Na sequência das buscas, as Forças de Segurança identificaram que o mandante da Chacina havia se deslocado para Fortaleza. Davi Sousa de Oliveira, o ‘Fazendeiro’, foi localizado e preso em uma residência, no bairro Barroso, na última terça (31).
Jeremias Teixeira de Sousa, 27, que acompanhava ‘Fazendeiro’, também foi preso em flagrante, por tráfico de drogas, já que a dupla estava na posse de 35 gramas de maconha. A sua participação na Chacina também é investigada.