O Ceará registrou 4.978 denúncias de violência contra idosos em 2022. O número corresponde à soma de diferentes tipos de denúncias, como  violência física, sexual ou psicológica. Neste mês, a campanha “Junho Violeta” alerta para o combate desses tipos de violências e educa sobre a importância de realizar a denúncia.

Segundo a secretária dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih), Socorro França, o governo quer levar essas ações a espaços públicos como terminais de ônibus e shoppings.

O tópico da violência contra idosos está sendo debatido em vários níveis neste ano. Em Fortaleza, as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) registraram, por mês, entre oito a dez atendimentos a idosos vítimas de violência.

A secretária informou que a violência acontece independente da classe social e que, assim como em casos de violência contra a mulher, a maioria dos agressores de idosos estão dentro das próprias famílias.

“O idoso rico, muitas vezes, a família abandona. Passa tudo que o idoso construiu na vida, já passa o patrimônio para um filho e para o neto”, afirmou.

Socorro França disse que um dos objetivos da campanha lançada, para além da violência, é desenvolver políticas públicas voltadas para a população idosa. A Sedih já ouviu 420 idosos para desenvolver um plano plurianual (PPA) de metas para o grupo.

“A gente se preocupa muito com o começo da vida e a gente não se preocupa com o final da vida, posso dizer assim. Essa política é uma política de grande visibilidade do governo Elmano”, avalia Socorro França.

Denúncias de violência contra idosos

O Observatório de Indicadores Sociais (OiSol), criado pelo Governo do Estado em 2020, atua como centro de recebimento de denúncias contra Direitos Humanos. Setor é responsável por receber, encaminhar e acompanhar os casos de violação dos direitos humanos no Estado, além de responder à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos sobre as providências adotadas em cada caso.

Telefone: 100 (violações de direitos humanos, incluindo contra o idoso) e 180 (violência contra a mulher)

E-mail: [email protected]

Fonte: O Povo

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