A justiça Cearense fazendo tendo mais uma decisão que fortalece a impunidade, dessa vez foi para uma mulher apontada de chefiar o Comando Vermelho (CV) em Sobral, na região Norte do Ceará, e que em menos de 2 anos movimentou mais de 3,5 milhões de reais, teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar, por decisão da Justiça Estadual, o MPCE se posicionou contra o relaxamento, entendo pela periculosidade da envolvida, já que ela é reincidente, já tendo sido presa em flagrante por trafico de drogas.
A Vara de Delitos de Organizações Criminosas acatou o pedido da defesa de Ana Karini Sousa Gomes de prisão domiciliar, no último dia 11 de outubro, em razão da acusada ser mãe de três filhos menores de idade – sendo que um deles foi diagnosticado portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Ela chegou a fazer uma festa de Dia das Crianças na comunidade onde mora, semelhante às ações do CV no Rio de Janeiro.
O Ministério Público do Ceará se posicionou contrário ao pedido da defesa. “É importante esclarecer que, devido à complexidade da investigação em andamento, a análise e a inclusão desses materiais demandam um tempo maior. As mídias contêm informações que devem ser minuciosamente examinadas no contexto da fase processual atual, a qual segue seu trâmite regular”, alegou.
Facção carioca atuante em Sobral
Um grupo formado por 11 pessoas foi acusado pelo Ministério Público do Ceará, em janeiro deste ano, por diversos crimes em Sobral, na Região Norte do Ceará. Ana Karini Sousa Gomes foi denunciada por integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e os acusados viraram réus no processo criminal.
Conforme a denúncia, Ana Karini assumiu a chefia do Comando Vermelho em uma região de Sobral após a prisão do companheiro e “estaria em crescente ascensão no comércio de entorpecentes na cidade de Sobral, ostentando um padrão incompatível com sua renda apresentável, considerando que a Karini é empregada de uma fábrica de calçados”.
O MPCE cita ainda que, “em 2023, Karini promoveu uma ‘festa’ de Dia das Crianças para moradores do seu bairro, e aparentemente custeou todas as despesas. Tal conduta se assemelha ao que é feito nas comunidades do Rio de Janeiro, onde há a presença ilegal do Comando Vermelho, onde traficantes aproveitam a ausência do Estado e passam a fazer o papel de provedores de serviços e ações sociais, com o único intuito de ganhar a simpatia e confiança da população, evitando assim que os moradores façam denúncias sobre o tráfico de drogas”.
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) também analisou as contas bancárias de Ana Karini, que totalizaram uma movimentação de R$ 3,5 milhões, entre entradas e saídas, em menos de 2 anos. Mesmo assim, o relatório apontou que a investigada “recebe valores do governo federal, referente a auxílio emergencial, auxílio Brasil e Bolsa Família”.
Fonte: DN