O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que recusou um acordo de cessar-fogo proposto pelo grupo terrorista Hamas. A declaração do político israelense ocorreu neste domingo, 21. Segundo Netanyahu, os extremistas propuseram libertar os mais de cem reféns que estão em cativeiro na Faixa de Gaza, portanto que Israel tirasse todas as tropas de gaza.
“Em troca da libertação dos nossos reféns, o Hamas exige o fim da guerra, a retirada das nossas forças de Gaza e a libertação de todos os assassinos e violadores”, disse Netanyahu, de acordo com o site da CNN Brasil. “E deixando o Hamas intacto.”
“Rejeito abertamente os termos de rendição dos monstros do Hamas”, disse Netanyahu.
Para o primeiro-ministro, deixar o “Hamas intacto” é algo fora de cogitação. Há meses, ele reforça que um dos objetivos das Forças de Defesa de Israel é aniquilar o grupo terrorista. Segundo ele, isso se faz necessário para haver paz na região.
Em Israel, alguns grupos, contudo, pressionam o governo a realizar ações que visem a libertação de todas as pessoas ainda sob poder do Hamas. O projeto Bring them home now (“Traga-os para casa agora”, em tradução livre) registra que os terroristas ainda mantêm 111 reféns. desde 7 de outubro no ano passado. Na data, os terroristas invadiram o sul israelense e assassinaram, estupraram e sequestraram centenas de civis. No ataque, três brasileiros foram mortos e um, Michel Nisenbaum, segue até hoje como refém.
Benjamin Netanyahu não se restringiu, no entanto, a falar que não aceitou o acordo com o Hamas. Isso porque o primeiro-ministro de Israel aproveitou o domingo para reforçar outro posicionamento. Mais uma vez, a saber, avisou: é contra a criação do Estado Palestino.
De acordo com o premiê, dar aval para criação do Estado Palestino — com soberania sobre os territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia — pode representar “perigo existencial” para Israel.