Os Estados Unidos sabiam que o líder do Grupo Wagner, Yevgeniy Prigozhin, tinha planos de trair o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A informação foi divulgada pelo jornal norte-americano The Washington Post, no domingo 25.
Segundo o jornal, esse plano envolvia uma ação armada contra o núcleo central do Ministério da Defesa da Rússia.
As autoridades de segurança nacional dos EUA receberam indicações de que Prigozhin e o Grupo Wagner estavam se preparando para uma ação militar contra os russos pelo menos desde a quarta-feira 21.
Os Estados Unidos consideraram a rebelião do Grupo Wagner como “alarmante”
Apesar disso, a ação de Prigozhin pegou de surpresa as autoridades norte-americanas. O Pentágono desconhece o motivo da traição do líder Grupo Wagner contra Putin. Os milicianos tentaram tomar o controle de um comando militar e avançar com tanques em direção a Moscou, em 23 de junho.
O jornal New York Times informou que Washington considerou a situação alarmante, porque se abriu a possibilidade de um grande rival nuclear dos EUA entrar em crise.
A Inteligência dos EUA acompanhou as tensões entre Prigozhin e os líderes do Ministério da Defesa da Rússia, incluindo Sergei Shoigu, o ministro da Defesa.
O governo norte-americano também interceptou conversas entre altos comandos militares russos, que, na ocasião, debatiam formas de lidar com as constantes demandas de Prigozhin por mais munição.