Duas explosões em um cemitério no Irã deixaram pelo menos 103 pessoas mortas e 170 feridas nesta quarta-feira, 3. As autoridades iranianas estão tratando como “ataque terrorista”. As vítimas estavam próximas ao túmulo do general da Guarda Revolucionária, Qassem Soleimani, em cerimônia de homenagem ao militar morto há quatro anos.
As autoridades iranianas disseram que algumas pessoas ficaram feridas ao tentar escapar das explosões. Imagens revelam que a segunda explosão ocorreu cerca de 15 minutos após a primeira.
Segundo informações da polícia, intervalos de tempo entre explosões seriam técnicas frequentemente utilizadas por terroristas, com o objetivo de vitimar as equipes de emergência que respondem ao socorro.
O vice-governador de Kerman, onde ocorreram as explosões, Rahman Jalali, classificou o ataque de “terrorista”. No entanto, o político não chegou a elaborar sobre quem poderia estar por trás do atentado.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria. O Irã enfrenta diversos inimigos, incluindo grupos exilados, organizações militares e atores estatais.
O dia 4 de janeiro marca o aniversário da morte do general Soleimani, aclamado no país como herói. O militar foi morto em um ataque aéreo de drone realizado pelos Estados Unidos (EUA) no Iraque, em 2020.
Na ocasião, o funeral de Soleimani foi marcado por um tumulto que resultou em vítimas. Pelo menos 56 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas à medida que milhares se aglomeravam na procissão.
Enquanto para o Irã o militar era considerado um herói, para os EUA ele representava um inimigo. O general teria ajudado a armar militantes com bombas de beira de estrada, mantando e ferindo tropas norte-americanas.