O retorno dos trabalhos na Câmara Municipal em Fortaleza, nesta quinta-feira (1°), teve episódios de agressão durante protestos e sessão suspensa em meio ao discurso do prefeito José Sarto (PDT). Enquanto o chefe do Executivo fazia a fala de abertura dos trabalhos, a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT) foi até a tribuna onde estava Sarto cobrar demandas da área da Saúde. O presidente da Câmara, Gardel Rolim (PDT), tentou demover a parlamentar do protesto no meio do Plenário para seguir o discurso do prefeito, mas os ânimos se acirraram, resultando na agressão a outra vereadora que tentava intervir no episódio.

Diante das tentativas da vereadora Cláudia Gomes (PSDB) de afastar Ana Paula da Tribuna, enquanto ela falava de forma alterada contra o presidente da Casa, Ana Paula deu um tapa no rosto da vereadora, empurrando-a. Elas tiveram que ser separadas por outros parlamentares e assessores que estavam próximos no momento da briga e a sessão acabou sendo interrompida.

A vereadora Cláudia Gomes, após o fato, disse estar abalada com o ocorrido. “No momento em que tentei me aproximar do presidente, me barraram, uma das manifestantes, e uma das vereadoras começou a gritar comigo, a perguntar o que eu estava fazendo lá. Eu disse: ‘Quero conversar com o meu presidente’, porque ele estava numa situação difícil, acuado, pode-se dizer assim. E eu fui conversar com ele para tirá-lo de lá. E nesse momento eu fui empurrada, inclusive no meu rosto, na hora que foi empurrar, a mão bateu no meu rosto, ficou doendo bastante. Na hora, eu disse: ‘O que está acontecendo, vereadora?’. Ela começou a gritar descontroladamente e uma outra vereadora tirou ela de cima de mim, porque senão eu não sei o que teria acontecido”, relatou.

A Ana Paula também se envolveu em agressão contra o suplente de vereador Júlio Aquino, o Juninho (União Brasil), Ana Paula parte para cima de Juninho, desferindo tapas e murros contra o suplente de vereador, que não reage. Ela diz ainda que o suplente “irá pagar” pelo que fez aos profissionais, sem dar mais detalhes e sai do recinto. Juninho, rebate. “Nem filmar pode, a senhora diz que é vereadora e não tem educação”.

Juninho continuou: “Ela deu um tapa na minha cara, murros e derrubou meu celular. Estou saindo daqui agora, indo na delegacia. Fazer exame de corpo de delito. Na casa do povo não se deve aceitar nenhum tipo de agressão. Não sei qual a intenção dela; disse que eu era um covarde, fazendo algo com alguém; Não sou vereador, sou suplente. Não participo de votação. Eu não tenho como ajudar diretamente nenhum professor na reivindicação que é justa e válida. Não entendo a agressão”.

Em coletiva posterior ao ocorrido, Ana Paula alegou que está sendo perseguida politicamente na Câmara e que a prática tem lhe causado adoecimento mental. “A Câmara Municipal me adoeceu mentalmente. Estou lutando para sair desse quadro”, disse. Sobre a agressão, a vereadora contou que tropeçou e e caiu no momento em que muitas pessoas saiam do plenário e que teve as roupas íntimas filmadas no momento em que se levantava.

“Estou de saia, como vocês podem ver, e o cara estava filmando minha calcinha. Eu não posso ser conivente com isso. Filmar minha calcinha eu não permito. Quem estava ali viu que minha calcinha apareceu e ele estava me filmando”, comentou.

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