O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AM) foi eleito presidente do Senado Federal com grande maioria, foram 73 votos, com 4 do Senador Eduardo Girão (Novo-CE) e 4 votos para o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ele vai comandar a Casa e o Congresso Nacional até fevereiro de 2027.

Esta será segunda vez de Alcolumbre à frente do Senado, que se elegeu pela primeira vez em 2019, quando derrotou Renan Calheiros (MDB-MG) na disputa. Apontado como um dos políticos mais habilidosos do Congresso, o senador amapaense foi responsável pela eleição de seu sucessor Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 2021, e volta agora ao comando da Casa com o apoio de sete partidos, incluindo o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“E é disso que o Brasil precisa agora: uma liderança que una, e não que divida. O Brasil ainda enfrenta os ecos da intolerância e da radicalização. Adversários são tratados como inimigos. O discurso de ódio e as agressões contaminam as redes sociais”, disse Alcolumbre em seu discurso no plenário.

De acordo com Alcolumbre, seu primeiro compromisso como presidente do Senado será o de defender as prerrogativas dos senadores. “Um compromisso com a proteção das garantias e prerrogativas de senadoras e senadores e com a preservação da independência do Senado Federal”, completou.

Além dele, concorreram ao posto os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE). Os dois tentaram se contrapor ao nome de Alcolumbre com bandeiras contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e com promessas de desengavetar os pedidos de impeachment dos ministros da Corte parados no Congresso. Os senadores Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES) lançaram suas candidaturas, mas recuaram durante a sessão de votação.

O favoritismo de Alcolumbre foi construído junto aos demais partidos em troca de espaços nos outros cargos da Mesa Diretora e em comissões importantes da Casa. A eleição para os postos na Mesa acontece ainda neste sábado, mas o acordo já havia sido acertado previamente entre as legendas.

O PL, que detém a segunda maior bancada com 14 senadores, vai ficar com a primeira vice-presidência com a indicação do senador Eduardo Gomes (TO) para o posto. O partido do ex-presidente Bolsonaro pretende assumir ainda o comando da Comissão de Segurança Pública com o senador Flávio Bolsonaro (RJ). O tema do colegiado é visto como uma das principais apostas da oposição contra o governo Lula.

A sigla também terá o comando da Comissão de Infraestrutura, com o senador Marcos Rogério (PL-RO). O colegiado será o responsável por sabatinar indicados do governo para diversas agências reguladoras, o que vai fazer com que o Palácio do Planalto precise negociar com a oposição.

Já o PT, do presidente Lula, vai ocupar a segunda vice-presidência com o senador Humberto Costa (PE). Neste caso, o petista só irá substituir o presidente na ausência do primeiro vice. O partido deve comandar ainda as comissões de Educação, com a senadora Teresa Leitão (PT-PE) e, do Meio Ambiente, com o senador Fabiano Contarato (PT-ES).

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