A presidente da ONG (organização não governamental) Pacto Social & Carcerário, Luciene Neves, presa preventivamente em uma investigação da Polícia Civil de São Paulo em 14 de janeiro por ter ligações com PCC, participou de ao menos 3 reuniões com dirigentes do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula.
Eis as ocasiões dos encontros:
13.nov.2023: reunião com a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) Há um registro de um encontro da ONG Pacto Social & Carcerário na agenda da diretora de Cidadania e Alternativas Penais da Senappen, Mayesse Silva Parizi. A secretaria é vinculada ao Ministério da Justiça.
24.jul.2024: reunião no Ministério dos Direitos Humanos Luciene representou a Anfap (Associação Nacional de Familiares de Presos) em encontro com a coordenadora-geral de combate à tortura do órgão, Rose Mary Cândido Plans. A reunião foi registrada em agenda.
16.dez.2024: evento da Senappen. A secretaria do Ministério da Justiça realizou um evento para apresentar os resultados da Diretoria de Cidadania e Alternativas Penais. O evento era aberto ao público e foi divulgado pelo órgão.
Em registros nas redes sociais é possível ver Luciene e outros integrantes da ONG presentes em um evento no Ministério da Justiça. O registro foi publicado em 30 de abril de 2024. No entanto, pela data dos encontros, não é possível identificar a data em que a foto foi tirada.
ONG DO PCC
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram em 14 de janeiro a Operação Scream Fake contra advogados e líderes da ONG Pacto Social & Carcerário envolvidos com o crime organizado.
Foram 12 mandados de prisões preventivas e 14 de busca e apreensão cumpridos nos Estados de São Paulo e Paraná: São Paulo, Guarulhos, Presidente Prudente, Flórida Paulista, Irapuru, Presidente Venceslau, Ribeirão Preto e Londrina (PR).
Os advogados envolvidos seriam responsáveis por prestar assistência jurídica e gerenciar departamentos do PCC, como o setor de “saúde”. A divisão selecionaria médicos e dentistas para prestar atendimento para as facções dentro das penitenciárias, pagando valores expressivos para o atendimento. Os recursos viriam de práticas criminosas.
Fonte: Poder 360