O bandido de 18 anos preso por suspeita de participar do assassinato de um policial militar, no bairro Pirambu, em Fortaleza, na última quarta-feira (15), já acumula prisões na ficha criminal, apesar de ter completado a maioridade penal em fevereiro de 2024. Ele foi preso duas vezes no ano passado e solto pela Justiça Estadual, em ambas as ocasiões. Uma das vezes que ele foi preso, foi por ameaçar policiais “saiam fora, senão vão morrer tudinho” disse Ítalo a um policial em Abril de 2024.
Ítalo Gabriel Barreto foi detido horas depois da morte do subtenente Francisco Ricardo Silveira Neto, 51, também no bairro Pirambu. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), o jovem é suspeito de dirigir o veículo utilizado como suporte para a ação criminosa. Ele foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), e autuado por homicídio qualificado.
O suspeito completou 18 anos no dia 6 de fevereiro de 2024. Três dias depois, ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Ceará (PMCE) por tráfico de drogas. Ítalo Gabriel já foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo crime, no dia 19 de fevereiro último. A Justiça recebeu a denúncia o acusado virou réu, logo no dia seguinte.
Conforme a denúncia, na noite de 9 de fevereiro do ano passado, “policiais militares decidiram realizar uma incursão a pé, em um local já conhecido por ser ponto de traficância, situado à Rua Santa Rosa, esquina com Rua São Raimundo, no bairro Pirambu”.
Os PMs visualizaram um jovem sozinho no local e realizaram a abordagem. Ítalo Gabriel foi flagrado na posse de 38 trouxinhas de maconha, um pedaço de maconha que pesava 40 gramas, uma balança de precisão e uma balaclava e acabou preso em flagrante.
No dia seguinte à prisão, o Plantão Judiciário concedeu liberdade provisória ao suspeito. “Nos presentes fólios não se indicou qualquer fato concreto denotador de que a liberdade do paciente ameace a ordem pública ou econômica, ou de que seja necessária sua constrição para garantir a instrução criminal ou a aplicação da lei, de forma a justificar a prisão preventiva”, justificou o juiz.
Ameaça a policiais militares
Ítalo Gabriel Barreto voltou a ser preso no dia 22 de abril de 2024, também no Pirambu. Segundo o Inquérito Policial, policiais militares realizavam patrulhamento pelas ruas Santa Inês e Santa Rosa e abordagens, quando cerca de 20 pessoas se aproximaram e começaram a gritar e xingar os PMs.
Os policiais disseram à Polícia Civil que não deram “muita atenção”, pois estavam em minoria. Entretanto, um jovem passou sozinho de bicicleta pelos militares e os ameaçou: “saiam fora, senão vão morrer tudinho”. Os agentes de segurança tentaram abordar o suspeito, que fugiu. Ítalo Gabriel foi alcançado e preso em flagrante pelos crimes de ameaça e desacato.
Segundo os policiais, após a detenção do jovem, criminosos efetuaram disparos de armas de fogo contra a composição policial. Outras equipes policiais foram enviadas ao local, para reforçar a segurança. Uma mulher também foi presa, por xingar os PMs e exigir que Ítalo fosse solto.
Na audiência de custódia, realizada no dia seguinte à prisão, o juiz entendeu que não existiam “elementos concretos tendentes a demonstrar a necessidade de segregação cautelar” e que medidas cautelares aplicadas a Ítalo Gabriel Barreto seriam “suficientes para a garantia da ordem pública, da instrução criminal e da aplicação da lei penal”.
Fonte: DN