Em oração do Angelus neste domingo (22.dez.2024), o papa Francisco voltou a criticar os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza. Ele falou sobre os ataques contra crianças e os ataques a escolas e hospitais. O governo de Israel respondeu às declarações do papa, acusando-o de adotar “duplas morais”. O Ministério das Relações Exteriores do país criticou a falta de consideração pelo contexto da luta de Israel contra o terrorismo jihadista.

“Os comentários do papa são particularmente decepcionantes porque estão desconectados do contexto real e concreto da luta de Israel contra o terrorismo jihadista”, declarou.

“Com dor, penso em Gaza, em tanta crueldade, nas crianças metralhadas, nos bombardeios de escolas e hospitais. Quanta crueldade!”, disse o pontífice.

O tradicional evento de domingo não pode ser realizado no palácio apostólico na Praça de São Pedro porque o papa está doente. No entanto, Francisco decidiu fazer a oração online, insistindo em sua comoção com a população palestina.

No final de novembro, o papa denunciou “a prepotência do invasor” na Ucrânia, mas também na “Palestina”, uma semana após a publicação de um livro no qual Francisco defende “investigar com atenção” se a situação em Gaza corresponde à “definição técnica” de genocídio. O líder do Vaticano já havia criticado em setembro o uso “imoral” da força no Líbano e na Faixa de Gaza.

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