A vice-governadora Jade Romero (MDB) avalia que os questionamentos sobre a indicação da secretária estadual de Proteção Social, Onélia Santana (PT), passa por uma questão de gênero. “Talvez, se a Onélia fosse homem, não tivesse esse questionamento todo. Inclusive, eu não lembro de ter visto esse questionamento quando outras pessoas compuseram o Tribunal”, disse em entrevista ao jornal O Povo. A Vice-governadora esqueceu que as maiores críticas a escolha foram por Onélia ser esposa do ministro Camilo Santana.
O nome de Onélia já circulava nos bastidores antes de ter a indicação oficializada com apoio de 39 deputados estaduais do Ceará, incluindo nomes da oposição. Outros parlamentares, no entanto, criticaram a decisão devido a secretária ser esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Jade rechaçou a postura do grupo e mencionou currículo de Onélia como favorável para assumir o cargo no TCE-CE.
“Sobretudo, porque todos nós que estamos dentro do governo, nós que assumimos esses cargos, principalmente de secretário de Estado, somos ordenadores de despesa, temos total conhecimento e condição, conhecimento jurídico e condição de estar à frente desses cargos. Primeiro que eu fico feliz de ver uma mulher ocupando esse espaço, e a Onélia foi uma mulher que fez a sua história para além do ministro Camilo Santana”.
A vice-governadora citou, ainda, políticas públicas como o Programa Mais Infância e o Vale Gás Social para destacar o trabalho da aliada no Ceará.
“Eu poderia citar aqui uma série de projetos que foram iniciados pela Onélia, que é uma mulher que nos representa, que tem a capacidade técnica para assumir, sim, esse cargo e que tem uma história para além do ministro Camilo Santana. Todo respeito ao nosso ministro Camilo Santana, mas a gente não pode reduzir nenhuma mulher ao seu relacionamento. A Onélia, por si só, tem a capacidade e as condições necessárias de assumir esse cargo”, reforçou Jade.
Fonte: O Povo