A Promotoria francesa pediu na última quarta-feira (13/11) cinco anos de prisão e cinco de inelegibilidade para a principal liderança da direita na França e ex-candidata à presidente, Marine Le Pen. Ao sair do tribunal, Marine Le Pen denunciou “um desejo do promotor público de privar o povo francês da capacidade de votar em quem quiser”. Ela teria acrescentado ainda, segundo o jornal, que a intenção do Ministério Público era ter “Marine Le Pen excluída da vida política” e “poder arruinar o partido (RN)”.
O Ministério Público solicitou a execução provisória da pena, ou seja, a sua aplicação desde o momento da condenação, mesmo que Le Pen recorra. “Constato que a acusação está sendo extremamente ultrajante em suas exigências, particularmente com o pedido de execução provisória, que quer impor a todos os processados”, disse Le Pen aos repórteres ao sair do tribunal.
Se o tribunal a considerar culpada das acusações com a execução provisória, Le Pen não poderá concorrer em eleições, mesmo que recorra da sentença. A Promotoria também pediu multa de – 300 mil (R$ 1,8 milhão) contra a ultradireitista.
“Não estou surpreso com o pedido de execução provisória da acusação. Há uma consistência nas exigências da acusação”, disse Patrick Maisonneuve, advogado do Parlamento Europeu.
O pedido da Promotoria também foi criticado pelo ex-ministro do Interior do presidente Emmanuel Macron, Gérald Darmanin, que considerou que o tribunal não pode condenar Le Pen “eleitoralmente”.