A ditadura cubana limitou mais uma vez o acesso da população a alimentos. O governo irá entregar apenas 345 gramas de frango por habitante. Em setembro, o regime socialista anunciou que o peso dos pães diminuiria de 80g para 60g devido à falta de trigo. Produtos básicos, como arroz e sal, também têm sua oferta reduzida nos mercados da ilha, enquanto outros, como óleo e café, estão em falta.
O governo também anunciou que não haverá pasta de dente na próxima distribuição, por conta da falta de matérias-primas. Rosalía Terrero, uma funcionária de uma loja de alimentos, afirmou durante uma entrevista à AFP que é um momento muito difícil para o povo cubano :
“Se não se tem arroz ou macarrão na mesa não aparece tanto, mas não ter nada bate muito forte. O cubano segue corajoso desde o momento que se levanta até dormir, há quem acorde sem nada, apenas com água e açúcar se tiver.”
Os cubanos têm sido obrigados a recorrer a lojas privadas, que existem há apenas três anos no país, ou a estabelecimentos estatais que aceitam apenas moedas estrangeiras.
Os preços nesses estabelecimentos são muito mais elevados e muitas vezes inacessíveis para os cidadãos do país.
O salário médio em Cuba é de R$230,89 por mês e aproximadamente 89% da população vive em situação de extrema pobreza.
A ilha passa por uma das piores crises econômicas desde a década de 1990, quando a União Soviética, principal financiador do país, se dissolveu.
A inflação cresce aproximadamente 30% ao ano e a produção agrícola tem caído. Ao mesmo tempo, o governo cubano encontra dificuldades para conseguir importar alimentos.
O chanceler Bruno Rodríguez atribuiu a dificuldade em alimentar o povo cubano e garantir o acesso a produtos básicos ao bloqueio comercial imposto pelos EUA desde a década de 1990.
“O custo da cesta básica de alimentos para um ano é de aproximadamente US$1,6 bilhões, isso equivale a aproximadamente quatro meses de bloqueio.”
Desde os anos 2000, o governo americano autoriza a venda de alimentos para a ilha, contanto que o pagamento seja adiantado e realizado com dinheiro, o que a frágil economia cubana tem dificuldades em fazer.