O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relativizou sobre os mortos pelo Hamas em Israel nos ataques de 7 de outubro de 2023. Afirmou que o governo israelense havia reduzido o número de vítimas de 1.405 para 139 –na realidade, são 1.139 (ele se corrigiu depois). O petista pareceu minimizar as perdas com os ataques do grupo extremista e deu a entender que a reação de Tel Aviv foi desproporcional.
Lula deu a declaração durante entrevista a jornalistas na sede da ONU, em Nova York. Ele criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e afirmou ter “certeza” que a “maioria do povo de Israel” não concorda com “esse genocídio”, em referência ao conflito na Faixa de Gaza. Disse também que, enquanto uma parte do mundo está tentando cuidar do meio ambiente, outra faz guerra.
“Estamos numa situação de um lado cuidando do planeta para ver se gente tem melhor qualidade de vida e de outro lado, o ser humano se matando. Não tem nenhuma explicação. Portanto, condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel que tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio. Eu tenho certeza”, disse.
O tom usado por Lula pareceu minimizar os ataques do Hamas do dizer que Israel havia reduzido o número de mortes em outubro de 2023. O presidente já comparou os ataques israelenses ao Holocausto durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) –o que incomodou o governo de Israel.