Dados do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio Ceará, em levantamento divulgado nesta terça-feira (10), apontam que três em cada quatro fortalezenses (75,1%) estão com algum grau de endividamento.
Os resultados são quase os mesmos na comparação com o mês anterior (75,3%) e com igual período de 2023 (75,7%). A maioria dos endividados de Fortaleza é homem, tem entre 25 e 34 anos, e ganha entre cinco e dez salários mínimos por mês.
“Às vezes assusta quando a gente vê que 75% das pessoas está endividada. Mas não quer dizer que elas estão devendo, quer dizer que elas têm dívidas a pagar. Por exemplo, todos que pagamos energia, telefone, água. Está tudo dentro de 75%. Então esse número ele não preocupa muito”, diz Cláudia Brilhante, diretora institucional da Fecomércio Ceará.
Também se manteve significativamente estável o índice de consumidores com contas em atraso: 21,3% em setembro frente a 21,1% em agosto. É uma redação de três pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado.
Desequilíbrio financeiro e comprometimento de renda em destaque
Os fortalezenses atrasam as contas principalmente por desequilíbrio financeiro (62,6%) e redirecionamento de recursos para outras necessidades (39,3%). Em média, as dívidas dos consumidores da Capital estão vencidas há dois meses e meio (77 dias).
Outro ponto em destaque na pesquisa foi o comprometimento da renda familiar com dívidas, que aumentou quase um ponto percentual, subindo de 43,7% em agosto para 44,4% em setembro.
“O consumidor tem que ter consciência e, em primeiro lugar, procurar resolver o problema de dívidas. Acho que o foco do consumidor tem que ser o parcelamento das suas dívidas e, depois, realizar os desejos de compra”, completa a especialista.
Fonte: DN