Um Cearense precisa trabalhar pelo menos 4 anos para sem gastar salário para comprar um ‘carro popular’, isso porque ganhando um salário mínimo é preciso trabalhar 51,6 meses, sem gastar com mais nada e nem levando em conta os reajustes do bem que ocorrem nesse período. De acordo com a diretora-executiva da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores no Ceará (Fenabrave CE), Ana Paula Furtado, o aumento dos valores dos carros foi a crise econômica de 2015, na época do governo Dilma.
Usando como base de cálculo o valor médio do carro “mais barato” do mercado, de R$ 72.990 e os R$ 1.412 do salário mínimo é possível ter uma ideia de algum dos motivos pelos quais o carro não é mais chamado de “popular”, mas sim de “entrada”, tendo em vista que não é mais atingível para grande parte da população.
Em 2019, nessa mesma relação, salário mínimo X carro “mais barato”, era necessário 32,3 salários para ter um dos dois carros de menor valor. Na época o salário mínimo era de R$ 998 e os veículos mais acessíveis, o Renault Kwid Life (R$ 32.290) e o Fiat Mobi Easy (R$ 32.529). Ambos ainda fabricados e figurando nas primeiras posições do ranking de carros mais baratos do País.
Ou seja, o salário mínimo de 2019 para 2024 aumentou 41,4%. Já o valor do Fiat Mobi subiu 124,3% e o Renault Kwid 131%.
