Após ficar mais de 13 anos preso pela morte do jornalista Tim Lopes, o traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, foi solto nesta quinta-feira (4) e deixou o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Tim foi morto em 2002 quando fazia uma reportagem sobre abuso sexual de menores e tráfico de drogas em bailes funks na favela da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio.
Zeu teve um alvará de soltura concedido e cumprirá prisão domiciliar a partir de agora, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Dos sete condenados em 2005 pela morte do jornalista, apenas Zeu seguia preso. O mandante do assassinato, o traficante Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, foi achado morto em 2020, em uma cela da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.
Tim foi assassinado após ser descoberto por traficantes da região da Vila Cruzeiro quando circulava pelo local com uma microcâmera no bolso da camisa, que filmava a venda de drogas na comunidade. O jornalista foi levado para o alto da favela da Grota e, no trajeto, levou um tiro no joelho para impedir que fugisse.
Lopes acabou sendo torturado por Elias Maluco e seus comparsas, incluindo Zeu, e, em seguida, foi esquartejado e teve o corpo incinerado. O desaparecimento do jornalista foi registrado no dia 2 de junho de 2002, mas somente no dia 5 de julho, ou seja, mais de um mês depois, um exame de DNA confirmou que os restos mortais encontrados no alto da favela eram mesmo de Tim.