Ismail Haniyeh, líder político do grupo terrorista Hamas, visitará a Turquia no fim de semana para conversar com o presidente turco Tayyip Erdogan. “Receberei o líder da causa palestina no fim de semana. Discutiremos uma série de questões”, disse Erdogan aos legisladores de seu Partido AK
Em 10 de abril, Erdogan apresentou condolências a Haniyeh pela morte dos três filhos e quatro netos na Faixa de Gaza em um ataque israelense, seis meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas. Erdogan e Haniyeh se encontraram anteriormente no palácio presidencial de Ancara em 26 de julho de 2023, quando o líder do Hamas foi recebido juntamente com o Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O Presidente turco é um fervoroso apoiante do Hamas e dos palestinos, tendo provocado um incidente diplomático com Tel Aviv em março, quando denunciou crimes contra civis em Gaza e desejou a morte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O Hamas está em guerra com as forças israelenses desde que atacou o sul de Israel a partir de Gaza em 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortes e duas centenas de feridos.
Desde então, Israel lançou uma operação militar contra Gaza que provocou cerca de 34.000 mortes e um elevado nível de destruição das infraestruturas do pequeno enclave palestino.
O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahman Al-Thani, admitiu hoje em Doha que as negociações para pôr fim às hostilidades na Faixa de Gaza e libertar os reféns israelenses estão a estagnar.
“Estamos atravessando uma fase delicada com alguns impasses e estamos tentando, tanto quanto possível, superá-los para pôr fim ao sofrimento da população em Gaza e obter a libertação dos reféns israelenses”, disse Al-Thani.
O Catar, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, está envolvido em conversações para obter uma trégua em Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
Os mediadores apostavam em um cessar-fogo antes do início do Ramadã, mas as conversações não progrediram durante o mês de jejum muçulmano, que terminou na semana passada.
Em vez disso, cresceu o receio de que a guerra de meses em Gaza se transforme em um conflito regional, na sequência do primeiro ataque direto do Irã ao seu arqui-inimigo Israel, no fim de semana passado.