O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma nova manifestação popular. Em vídeo divulgado nas redes sociais pelo pastor Silas Malafaia, na manhã deste sábado, 6, o ex-chefe do Executivo pede que os brasileiros compareçam à Praia de Copa Copacabana, no Rio de Janeiro, a partir das 10 horas de 25 de abril.

“Daremos continuidade ao que aconteceu em São Paulo, em 25 de fevereiro”, disse Bolsonaro. “Estamos discutindo, levando informações para vocês sobre o Estado Democrático de Direito.”

No vídeo, o ex-presidente afirma que pretende tratar da “maior fake news da história do país”: a chamada minuta do golpe. Ele se refere às acusações de que seu governo teria elaborado um plano para anular as eleições de 2022. Até o momento, não há provas.

Bolsonaro quer um novo ato pela democracia

Em 25 de fevereiro, milhares de pessoas foram à Avenida Paulista, artéria central de São Paulo, numa manifestação em defesa da democracia e das liberdades asseguradas pela Constituição de 1988.

Além de Bolsonaro, estiveram presentes os governadores Tarcísio Gomes de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG). Mais de 200 políticos compareceram.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo não registrou nenhum incidente. Não há relatos de cartazes nem faixas. As únicas bandeiras em riste foram a do Brasil e de Israel; todos os presentes reforçaram o apoio ao povo judeu na guerra contra os terroristas do Hamas. As agressões de Lula a Israel no exterior — alvo de um pedido de impeachment no Congresso — foram lembradas pelos participantes.

A imagem aérea captada por helicópteros é impressionante: desde 2016, no auge do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o país não se mobilizava com tamanha intensidade. O ponto central foi dito pelo próprio Bolsonaro: “Como temos um presidente sem povo?”, em referência à solidão de Lula nas ruas e nas redes sociais.

Assim como no vídeo divulgado neste sábado, Bolsonaro foi quem chamou a passeata na Avenida Paulista. Ele pediu que os brasileiros ouvissem, em praça pública, sua defesa das investigações da Polícia Federal, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente é investigado em quase uma dezena de inquéritos: tramar um golpe de Estado, fraudar a carteira de vacina contra a covid, revender jóias presenteadas no Oriente por chefes de Estado e incomodar uma baleia jubarte no litoral paulista, entre outros.

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