O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo enviou uma representação ao Ministério Público Eleitoral do Estado contra a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcada para o próximo domingo, 25 de fevereiro, na Avenida Paulista.

O PT paulista afirma que os atos podem resultar em ataques ao Estado Democrático de Direito, o que para o partido ocorreu em 8 de janeiro de 2023 e em outros protestos dos apoiadores de Bolsonaro.

O partido solicitou à Promotoria a adoção de medidas para prevenir e investigar eventuais crimes contra o Estado Democrático de Direito, de financiamento irregular da manifestação ou de propaganda eleitoral antecipada, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

Além disso, o Partido dos Trabalhadores de São Paulo negou antecipadamente que está fazendo um tipo de “censura prévia” aos manifestantes de oposição.

“Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas”, disse o PT paulista na representação assinada pelo deputado federal Kiko Celeguim, presidente do diretório. “Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito.”

Bolsonaro marcou o ato na Avenida Paulista para mostrar força aos apoiadores diante da investigação da Polícia Federal (PF), que apura uma suposta tentativa de golpe para mantê-lo na Presidência depois da derrota para Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

O partido de Lula ainda pediu a Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, para esclarecer quais protocolos serão empregados “para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática”. O mesmo foi pedido pelos petistas à Polícia Militar (PM).

A bancada de deputados estaduais do PT de São Paulo também se reuniu nesta terça-feira, 20, para definir a exploração política da presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e de Tarcísio no ato.

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