A facção criminosa Comando Vermelho e o principal suspeita de ameaçar moradores e cometer crimes violentos contra agentes de segurança no bairro Pirambu, em Fortaleza. Na tentativa de desarticular o grupo, a Polícia prendeu, na manhã desta terça-feira (20), um homem de 27 anos, suspeito de ser o “braço direito” do chefe da facção. Com ele, outros cinco suspeitos também foram capturados, dois deles em flagrante, por posse de drogas. Os detidos não tiveram as identidades reveladas. Além disso, foram cumpridos mandados de prisão contra outros três suspeitos de integrar o mesmo grupo criminoso. Estes, porém, já cumprem pena em unidades prisionais do Ceará.
“O objetivo principal dessa operação é atacar a espinha dorsal desse grupo criminoso carioca com atuação violenta na região do Grande Pirambu. Inclusive, que tem participação nas investigações dos últimos episódios violentos ocorridos naquela localidade. A investigação buscou mapear integrantes desse conglomerado criminoso, pessoas com histórico, antecedentes por crimes graves”, explicou o delegado Alisson Gomes, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
De acordo com o delegado, a Polícia trabalha no intuito de “tirar de circulação” pessoas que, direta ou indiretamente, possuem envolvimento com os crimes que têm ocorrido no Pirambu, “de modo a desarticulá-los, desorganizá-los”, e “promover paz na região”.
Contudo, detalhes sobre as ocorrências específicas envolvendo policiais ainda estão em andamento e são tocadas por outras delegacias. “As prisões de hoje vão nos permitir não só tirar de circulação integrantes desse grupo criminoso como produzir conhecimento para futuras operações [policiais]”, continuou Alisson Gomes.
APREENSÃO DE DROGAS
Duas pessoas foram presas nesta terça pela posse de 4,8 quilos de droga, entre maconha e skunk. Um dos suspeitos que estavam com as substâncias tinha um mandado de prisão em seu desfavor. No entanto, ele foi encontrado na companhia de outras duas pessoas que o auxiliavam na logística do tráfico, que também foram capturadas.
A Polícia não sabe ainda quem seria o fornecedor dos entorpecentes nem para onde eles seriam repassados.
Segundo o titular da Draco, o investigado suspeito de ser o “braço direito” do chefe da organização criminosa carioca “tinha contato direto com a cúpula” da facção. “De lá, ele trazia ordens para a execução dos mais diversos crimes na região do Pirambu, desde crimes de tráfico de drogas até crimes violentos”, afirmou.