A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta quarta-feira, 7, que “não faz sentido uma emergência nacional” agora, mesmo em meio ao aumento de mortes e contaminações por dengue, e que a vacina não é um “instrumento mágico”. O Brasil pode chegar até mais de 5 milhões de casos da doença em 2024, o que seria um recorde de infectados.
“Neste momento, a nossa mensagem principal é prevenir e cuidar”, disse Nísia, em entrevista coletiva, depois do evento de lançamento do programa “Brasil Saudável — Unir para Cuidar”.
No ano passado, o Brasil registrou 1.094 mortes pela doença, um recorde que ultrapassou o anterior, no ano passado, de 1.053 óbitos.
Conforme levantamento do governo Lula, São Paulo foi o Estado com mais mortes por dengue em 2023 (286). No Pará, em 2023, houve uma morte. Com exceção do Acre, Amapá e de Roraima, no ano passado, todas os Estados registraram mortes pela doença.
Quanto às infecções, Minas Gerais é o Estado com mais casos em 2023, com 408.395.
Espera-se 5 milhões de infectados neste ano, afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, durante coletiva de imprensa, em dezembro.
Vacinas insuficientes contra a dengue
Durante um pronunciamento em Davos, no ano passado, que o Brasil tem apenas 5 milhões de doses da vacina contra a dengue. A quantidade é suficiente para imunizar apenas 1,1% da população do país.