O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera, de 74 anos, morreu, nesta terça-feira, 6, em um acidente de helicóptero ocorrido na região de Los Ríos, no sul do país. A morte de Piñera foi confirmada em comunicado oficial de sua assessoria. O presidente do Chile, Gabriel Boric, decretou luto por causa da morte do ex-presidente chileno. Nas últimas três décadas, Piñera assumiu o papel de principal figura política da direita no país.
Segundo a ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, “Piñera foi um presidente eleito democraticamente por duas ocasiões e terá as honras que merece”.
O helicóptero onde Piñera viajava caiu no setor rural de Ilihue, no município de Lago Ranco, dentro de uma lagoa.
O helicóptero decolou em meio a um dia de chuva que atinge a região e, depois de alguns minutos de voo, perdeu força.
Pelo menos quatro pessoas estavam no helicóptero, que pertencia ao ex-presidente. Ele viajava com sua irmã Magdalena e um amigo e seu filho. Os três sobreviveram.
Piñera não conseguiu tirar o cinto de segurança e se afogou, segundo reportagens da imprensa local.
A CNN Chile informou que a Procuradoria Regional de Los Ríos confirmou a abertura de uma investigação sobre o acidente do helicóptero em que viajava o ex-presidente. Os procedimentos de investigação foram instruídos à Brigada de Homicídios da Policía de Investigaciones de Chile (PDI), além da atuação dos guardas do GOPE.
Principal figura da direita no país
O jornal La Tercera afirmou que Piñera estava voltando de uma visita a um amigo, o empresário José Cox. A rede CNN do Chile acrescentou que Piñera costuma pilotar o próprio helicóptero.
Sebastián Piñera foi presidente do Chile por duas vezes, entre 2010 e 2014 e entre 2018 e 2022. No fim de 2021, o Senado rejeitou um pedido de impeachment contra ele, que na ocasião foi acusado de corrupção.
Ele também atuou como senador de 1990 a 1998 e candidato à Presidência da República nas eleições de 2005. Na ocasião, foi derrotado no segundo turno pela socialista Michelle Bachelet.
Também foi, entre 2011 e 2013, o primeiro presidente pro tempore da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e, entre 2019 e 2024, o primeiro presidente pro tempore do Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul, sigla em inglês).