O grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, negou neste sábado (27) que funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) tenham colaborado com suas ações terroristas perpetradas contra Israel em outubro do ano passado.
O posicionamento dos terroristas palestinos ocorre justamente no momento em que novos países decidiram suspender o financiamento da agência. Nesta sexta-feira (26), os EUA foram os primeiros que tomaram tal decisão. A posição americana foi seguida neste sábado por mais países: Canadá, Reino Unido, Itália e Austrália.
Em um comunicado, o Hamas condenou o que chamou de “campanha de incitamento” que estaria sendo lançada por Israel contra as “instituições internacionais que prestam ajuda humanitária ao povo palestino”, que estaria sofrendo, segundo afirmou o grupo terrorista, um “genocídio nazista”.
Israel denunciou nesta sexta-feira que funcionários da UNRWA teriam colaborado com as ações terroristas do Hama sem outubro, que culminaram em 1,2 mil mortos, milhares de feridos e centenas de reféns que ainda estão sob controle dos palestinos em Gaza. A denúncia foi encaminhada para a agência, que confirmou ainda na sexta a abertura de um processo de investigação interna e a demissão de “vários” funcionários.
O grupo terrorista palestino classificou como “infundada” a acusação israelense, e disse que o objetivo dela era cortar o “financiamento da agência e privar os palestinos de seus direitos”.
“Apelamos às Nações Unidas e às instituições internacionais para que não cedam às ameaças e à chantagem desta ‘entidade nazista rebelde’, que procura cortar todos os meios de subsistência do nosso povo”, disseram os terroristas no comunicado.
Além da denúncia contra a UNRWA, o embaixador de Israel na ONU, Meirav Eilon Shahar, acusou também nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) de virar as costas para os reféns que ainda estão mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista no enclave palestino.
Desde os ataques terroristas de outubro, Israel vem criticando fortemente o posicionamento da Organização das Nações Unidas (ONU), principalmente do secretário-geral, António Guterres, pela falta de apoio e uma ação mais direta contra o grupo terrorista Hamas, acusado por Israel de usar a população palestina como escudo humano e de desviar a ajuda humanitária que é enviada para os civis locais.