O presidente Lula disse, nesta terça-feira, 23, que a primeira-dama Janja é um “farol” no governo. “Quando tem coisa errada, ela me chama atenção, quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama atenção, quando tem alguma coisa na rede, ela me chama atenção”, contou, durante entrevista à rádio Metrópole. “Às vezes, ela fala coisa para mim que a minha assessoria não fala, e ela fala. E isso me ajuda, obviamente que me ajuda.”
A atuação da primeira-dama tem sido criticada tanto pela oposição quanto por petistas. Uma das críticas recorrentes é de que ela extrapola os limites do cargo simbólico que tem. Quando Lula precisou ficar de resguardo, em virtude uma cirurgia, aliados temiam o controle restrito da agenda do chefe do Executivo, pela mulher, informou o jornal Folha de S.Paulo.
Em novembro, em entrevista ao jornal O Globo, Janja revelou o desejo de ter um gabinete só para ela no Palácio do Planalto. “A primeira-dama dos Estados Unidos tem um”, disse.
“Ela levanta de manhã e está preocupada com a camisa que eu uso, com meu rosto, com meu cabelo. É muito bom. E depois, ela é preocupada com a política. Ela vive a política 24 horas por dia. Ela é muito interessada na questão social, ambiental, da sustentabilidade, na questão das mulheres”, disse Lula.
O mandatário disse que, justamente por ser sua esposa e militante, ela tem que falar sobre política.
“Você não tem noção de como ela me cobra quando o Stuckinha [Ricardo Stuckert, fotógrafo de Lula e secretário de Comunicação da Presidência] tira uma fotografia minha e só tem homens. Quando ela vê a foto, fica horrorizada [e pergunta] ‘por que só tinha homem?’. E às vezes a maioria é homem mesmo, fazer o quê?”, disse.