Presidente do Psol Ceará, Alexandre Uchôa anunciou em entrevista ao Diário do Nordeste na última quinta-feira (11), que o partido terá pré-candidato a prefeito de Fortaleza, o nome escolhido foi o do produtor cultural Tecio Nunes Salgado. A direção da sigla tem um encontro marcado no próximo dia 27 de janeiro para discutir os planos eleitorais.
Uchôa, por outro lado, não descarta um recuo para firmar aliança com um projeto envolvendo lideranças estaduais. “Podemos estar juntos (de uma aliança por Fortaleza), mas hoje temos um amadurecimento de uma candidatura própria”, disse. Na convenção, marcada para o fim de janeiro, os psolistas irão montar uma comissão para avaliar a pré-candidatura de Tecio.
“Vai se debruçar melhor sobre o tema, mas temos a pré-candidatura de um camarada que é negro, militante, dirigente nacional, produtor cultural, então tem uma grande importância para a gente e vai verbalizar bem esse Psol popular”, acrescentou. Tecio também é presidente da Federação Psol/Rede e deve deixar o cargo caso seja confirmada sua pré-candidatura.
ALIANÇA
A possibilidade de aliança que Alexandre Uchôa aponta, mesmo anunciando a chapa do Psol, leva em conta a força da direita na Capital, o que poderia levar a uma recuo da chapa psolista em prol de uma candidatura liderada pelo governador Elmano de Freitas (PT), por exemplo.
“Temos um cenário bem complexo em Fortaleza, com uma extrema direita aparentemente dividida, mas que tem, independente de nome, uma fatia considerável que hoje pode colocá-la ao segundo turno. Podemos até imaginar que as eleições do modo tradicional colocariam duas máquinas em confronto, mas sabemos que, com o bolsonarismo, eles ganharam uma militância que vai pra rua, é aguerrida e que pode fazer a diferença em Fortaleza”, avalia.
“Se for analisar os números, Fortaleza deu vitória ao Capitão Wagner, então são dados que preocupam muito. Tem duas máquinas ligadas a um campo progressistas e uma extrema direita com três candidaturas que podem se juntar a qualquer momento. Pode ocorrer uma extrema direita no segundo turno e as duas máquinas vão se engalfinhar para saber quem vai para lá”, pondera Uchôa.