O deputado federal delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) ingressou nesta quarta-feira, 20, com uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma denúncia ao deputado federal Washington Quaquá, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), por agressão ao deputado Messias Donato (Republicanos – ES) durante a sessão do Congresso.

O crime apresentado foi o de Vias de Fato, previsto no art. 21 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei no 3.688/1941). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o vice-presidente do PT dá um tapa no rosto de Messias Donato. A confusão aconteceu em meio ao ato de promulgação da reforma tributária.

Oposição deve denunciar Quaquá no Conselho de Ética

“Um absurdo o que aconteceu hoje”, disse Bilynskyj. “Um desrespeito ao Congresso e aos eleitores que nós representamos. Trata-se de uma ação penal pública incondicionada e que levaremos adiante para que o deputado petista seja devidamente punido.”

Além da denúncia de Bilynskyj, a oposição está preparando uma denúncia contra Quaquá no Conselho de Ética da Câmara. “Deputado Quaquá me agrediu aqui no Plenário. Não ficará impune”, disse Messias Donato nas redes sociais. Em outra publicação no Twitter/X, Donato escreveu: “O tapa do amor, porque o amor venceu o ódio!”

Diversos parlamentares se manifestaram nas redes sociais contra a atitude do vice-presidente do PT. “Cassação já”, disse o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Os deputados federais Caroline de Toni (PL-SC) e André Fernandes (PL-CE) também pediram a cassação de Quaquá.

Em nota enviada ao site O Antagonista, Quaquá disse que foi agredido anteriormente, embora ainda não haja imagens que mostrem isso. “Em relação ao incidente ocorrido, esclareço que minha reação foi desencadeada por uma agressão anterior”, disse Quaquá.

Quaquá disse ainda que Donato “proferia ofensas contra o presidente da República” quando ele ligou a câmera. “Fui então empurrado, e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, disse ele.

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