O Presidente Lula em sua participação na Cúpula do Clima (COP28) da Organização das Nações Unidas (ONU) no último sábado, comparou o Congresso Nacional a “raposas no galinheiro” por causa da derrota que o governo deve sofrer no marco temporal, nesse domingo (03) a Bancada do Agro que é formada por 324 deputados e 50 senadores, reagiu aos insultos de Lula. Em nota, o grupo afirmou que as declarações de Lula durante a COP28, nos Emirados Árabes Unidos, “criminalizam” os integrantes do Legislativo e a produção rural do país.
“Enquanto todos os países do globo levam os exemplos de sustentabilidade, temos um presidente que criminaliza a representatividade máxima da população brasileira, os deputados federais e senadores, responsáveis pela construção de legislações íntegras e que promovam a liturgia de direitos iguais, da segurança jurídica e do direito de propriedade, em que o direito de um brasileiro, indígena ou não, não se sobrepõe ao outro”, disse a FPA, em nota.
“A gente tem que se preparar para entender o seguinte: ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo e fazer a transformação que vocês querem, ou nós vamos ver o que aconteceu com o marco temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais”, disse Lula.
“É só olhar a geopolítica do Congresso Nacional que vocês sabiam que a única chance que a gente tinha era a que foi votada na Suprema Corte. E é por isso que eu vetei”, acrescentou. O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a tese do marco temporal inconstitucional no dia 21 de setembro.
Para a FPA, a intenção do presidente é “governar com o Supremo Tribunal Federal em detrimento do diálogo com o Parlamento”. A bancada do agro afirmou que “ao se alinhar as ditaduras de todo o mundo, Lula sinaliza para a criminalização da produção rural no Brasil, para a fragilização de direitos constitucionais, em busca de perpetuação no poder”.