Anderson Braga Dorneles, conhecido como “o menino da Dilma”, ex-braço direito da ex-presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, foi nomeado diretor de Relações Governamentais da Caetano — laboratório de meios de pagamento do qual o Banco do Brasil é sócio. Um mês depois, sua dívida com a instituição financeira foi reduzida em 93%.

O ex-pupilo da Dilma fez o empréstimo no valor de R$ 149,1 mil, que deveria ser pago em 96 prestações. Depois de ficar inadimplente, Dorneles foi processado pela instituição em 5 de novembro de 2018. À época, a dívida havia chegado a R$ 202,2 mil.

Em novembro de 2022, a juíza Ana Letícia Martins autorizou que ele fosse citado por meio de edital. A decisão foi tomada depois de quatro anos de tentativas frustradas de notificá-lo.

Em 5 de maio de 2023, a juíza determinou que Dorneles fizesse o pagamento dos valores e, três meses depois, em agosto, ordenou que ele fosse notificado, também em edital, a pagar a dívida no prazo de 15 dias.

“Menino da Dilma” se apresenta à Justiça um mês depois de ser contratado pela Caetano

Dorneles se manifestou no processo no dia 15 de setembro — um mês depois de ser contratado como diretor de Relações Governamentais da Caetano. Na ocasião, a Ativos S.A, seguradora que substituiu o banco no processo em 2022, informou a Justiça de que havia entrado em acordo com Dorneles.

No governo Dilma, Dorneles vivia ao redor da petista. Carregava malas, celulares e tablets da ex-presidente. Segundo relatos, a ex-presidente o chamava de “bebê”.

 

COMENTAR