A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal que investigou os atos de 8 de janeiro está apresentando, nesta quarta-feira, 29, o relatório final dos trabalhos. O Metrópoles adiantou que entre os mais de cem pedidos de indiciamento está o de Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, general responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro.
Em abril, depois que vazaram imagens sigilosas do 8 de janeiro, descobriu-se que G. Dias estava no Planalto no momento da invasão e interagiu com os manifestantes, sem adotar qualquer conduta para impedir seus atos. Nessa data, ele acabou deixando o cargo.
Também foi revelado que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alterou um relatório sobre o 8 de janeiro por ordem de G. Dias. Ele mandou retirar a informação de que havia sido informado, em seu celular, sobre o risco de invasão dos prédios públicos em 8 de janeiro.
Além de G. Dias, o relator do deputado distrital Hermeto (MDB) deve pedir o indiciamento da coronel Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF.
Segundo o Metrópoles, a principal linha de Hermeto no relatório ser atribuir culpa aos responsáveis pelo planejamento que deveria evitar o 8 de janeiro. O portal também informa que já existe um texto paralelo pronto, elaborado por Fábio Felix (PSol).
“Ele já está pronto e será apresentado caso o relator decida blindar figuras centrais do processo golpista”, disse Felix ao Metrópoles, que pretende indiciar, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro e toda a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal.
A leitura do relatório deve terminar no fim da manhã e a votação deve ocorrer à tarde.