O Papa Francisco escreveu nesta segunda-feira, 2, um texto abrindo para a possibilidade que a Igreja Católica realize “formas de bênçãos” para os casais homossexuais. Além disso, Francisco também abriu para a possibilidade de rever a proibição do sacerdócio para as mulheres.

O pontífice chegou a destacar que a Igreja só reconhece o casamento como uma união entre um homem e uma mulher, mas também afirmou que “em nosso relacionamento com as pessoas, não devemos perder a caridade pastoral, que deve permear todas as nossas decisões e atitudes”.

– Portanto, não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam, excluem. Portanto, a prudência pastoral deve discernir adequadamente se existem formas de bênção, solicitadas por uma ou mais pessoas, que não transmitam um conceito errôneo de matrimônio. Pois, quando se pede uma bênção, está se expressando um pedido de ajuda a Deus, uma súplica para poder viver melhor, uma confiança em um Pai que pode nos ajudar a viver melhor – diz trecho da chamada dubia.

O Papa escreveu que a negativa para as mulheres sacerdotes formulado pelo Papa João Paulo II é uma “declaração definitiva”, mas não uma “definição dogmática”. Por isso, “pode ser objeto de estudo”.

Francisco respondeu à dúvidas de uma série de cardeais conservadores com um longo texto publicado no site da Congregação para a Doutrina da Fé.

“Embora nem sempre me pareça prudente responder diretamente às perguntas que me são dirigidas, e seria impossível responder todos, neste caso achei oportuno fazê-lo dada a proximidade do Sínodo”, escreveu o Papa.

Nesta quarta-feira, 4, começará em Roma o Sínodo sobre a Família e sobre a Amazônia.

Os cinco cardeais conservadores (Brandmüller, Burke, Sandoval Íñiguez, Sarah e Zen Ze-kiun), estão entre os mais determinados opositores às reformas de Francisco, e apresentaram uma série de perguntas ao Papa.

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