Ex-juiz da Operação Lava Jato, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) comentou, nesta quarta-feira, 6, a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou provas da Odebrecht.
“A corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras”, escreveu o senador em seu perfil na rede social X, antigo Twitter. “Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores. Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre.”
Mais cedo, o ministro declarou que os agentes da Lava Jato “desrespeitaram” o devido processo legal, “descumpriram decisões judiciais superiores, “subverteram provas” e agiram com “parcialidade”.
Além disso, que eles se valeram de uma “verdadeira tortura psicológica e de um pau de arara do século 21” para obter provas contra “inocentes”. Moro é um dos principais nomes da operação, sendo o responsável por condenar o presidente Lula.
Em linhas gerais, a decisão de Toffoli anulou provas obtidas por meio de um acordo de delação premiada com ex-funcionários da Odebrecht.
O magistrado se pronunciou no âmbito de uma ação movida pela defesa de Lula, atualmente representado por Valeska Zanin, mulher do ministro Cristiano Zanin. Conforme o juiz, a prisão do petista foi um “erro histórico” e uma “armação fruto de um projeto de poder político”.
Toffoli ainda determinou à Procuradoria-Geral da República e a outros órgãos, incluindo a Advocacia-Geral da União (AGU), a identificação dos “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados” ao acordo de leniência.
Em nota, AGU informou que vai criar uma força-tarefa para investigar supostos desvios de agentes públicos na operação Lava Jato, portanto, o ex-juiz será investigado.